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quarta-feira, 26 de maio de 2010

Exclusão social individual


Fiquei um tempo considerável sem escrever nada no meu blog pois nada me chamou muita atenção nessas últimas duas semanas. Além do que a vida de cursinho exige muito do tempo da pessoa para estudar, ler, estudar mais e ler um pouquinho mais para sentir segurança.
Mas no entanto hoje ao voltar para casa, durante meu percurso dentro do ônibus, ou "busão" para os mais íntimos, notei algo que geralmente passa batido por todos. Trata-se da distribuição das pessoas por assentos disponíveis dentro do meio de transporte público em questão. Vale lembrar que possuo grande privilégio ao usá-lo em um horário em que é realmente possível a escolha do guarda-bundas por cada um.
Eu, particularmente, evito sentar ao lado de alguém durante o trajeto, e se qualquer infeliz ousar encostar o seu misto de carne, pele e gordura sobre a camada acolchoada de couro sintético e espuma logo ao meu lado eu já automaticamente viro a cara para o lado e evito qualquer contato, assim como a própria pessoa que cometeu o sentamento faria. Mas a troco de quê existe essa exclusão social, já que se trata de um transporte para o público?
O problema é que essa atitude já se tornou comum. Devido à correria da cidade grande, parece que ninguém tem tempo para nada, pessoas passam, repassam, vêm e vão a todo momento, a cada subida num ônibus, diferentes pessoas aparecem na vida de cada um, as quais atuam como figurantes desse filme que é a rotina de cada ser urbano.
Além do corre-corre, outro fator é determinante para esse distanciamento: O individualismo. Pois diferentemente das pessoas que vivem em cidades pequenas, o espírito de coletivismo nos grandes centros urbanos, nas metrópoles, megalópoles e gigalópoles é quase inexistente. Esse individualismo reina dentro de cada habitante em particular, preocupados simplesmente com o seu próprio dia, seus próprios problemas e seus assuntos particulares, afinal, a gente já tem problemas demais para dar conta não é mesmo? Para quê procurar saber das desventurasdos outros? Psicólogo existe para isso.
Ou seja, não é interessante para a Dona Cleusa saber como vai o dia do Doutor Xerxes (como se doutor andasse em ônibus), nem faz a menor diferença para o Seu Armelindo saber como a moça banguela que está ao seu lado perdeu seus preciosos dentes frontais. E se por acaso ocorrer qualquer troca de palavras entre dois indivíduos não influenciará em nada na vida de ambos, claro que há exceções, mas não quero falar delas.
Mas afinal, deixar de sentar ao lado de outra pessoa nos transportes públicos é falta de educação ou trata-se de uma simples questão de bom senso? É discutivel. O mais importante é ter certeza de que todos chegarão sãos e salvos em seus respectivos destinos e a vida continua com seus famosos anônimos perambulando pela paisagem de concreto da cidade.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

A lei Ficha Limpa


Não entendo muito de política, nem gosto muito de comentar sobre o assunto, mas muito tem se falado da Lei Ficha Limpa. Iniciativa tomada pelo Ministério do Combate à Corrupção Eleitoral que consiste no impedimento da candidatura de políticos já condenados em 1ª instância do sistema judicial. Ou seja, qualquer político que tiver seu histórico sujo na Justiça não poderá se candidatar a nenhum cargo do governo.
Mais de um milhão de assinaturas foram coletadas a favor dessa medida. Além disso, a lei já foi aprovada na Câmara dos Deputados, o próximo obstáculo é o Senado Federal. Até onde chega minha noção sobre política e pelo o que eu ouço diariamente, na minha humilde opinião, duvido que a lei Ficha Limpa seja de fato passada a limpo e entre em vigor. E se, por acaso, for aceita muitos continuarão incertos quanto ao devido cumprimento dela, afinal, os políticos sempre provaram que são capazes de tudo e não deve ser tão difícil driblá-la.
Corre-se o risco de ser fundada a lavanderia do governo, onde seria possível lavar dinheiro e fichas criminais.
A lei pode não entrar em vigor nas próximas eleições, mas se o problema for o curto prazo para efetivá-la, basta torcer para tal iniciativa não entrar no ostracismo e permaneça até que todas a fichas estejam de fato limpas.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Dunga: herói ou vilão?


Nem Ganso, nem Ronaldinho Gaúcho, muito menos Neymar. A convocação da seleção brasileira de futebol foi divulgada hoje, dia 11/05/2010, exatamente um mês antes do início da Copa do Mundo, e nada de surpresas na lista do comandante Dunga.
Ao me deparar com as convocações de jogadores como Josué, Michel Bastos e Doni tive vontade de me atirar de um prédio, ou até mesmo atirar o próprio Dunga. Mas após ver as declarações do professor, percebi que não se trata de um absurdo total e que o gauchinho tem bons argumentos para se explicar quanto à sua escolha no mínimo duvidosa.
Dunga preza o comprometimento dos atletas perante a seleção, explicada a justa não-convocação de Adriano Picanha. Outro fator valorizado pelo Mestre, digo, Dunga, é o termo que vem sendo usado: o "grupo fechado", já que a maioria dos jogadores que estão lá, senão todos, são os mesmos que vêm sido chamados nas últimas convocações para a Copa América, Copa das Confederações e nas Eliminatórias, onde o Brasil faturou 2 títulos e uma primeira colocação. O que ficou um pouco de lado foi a questão "momento", já que muitos dos jogadores escalados não vivem bons momentos em suas respectivas equipes, com exceção de alguns como Júlio Cesar, Maicon, Lúcio, Robinho e Luis Fabiano. Mas se tal questão fosse levada a sério, Dunga deveria levar seu companheiro Atchim, já que a gripe suína vive um bom momento e tem sido muito falada ultimamente.
Ignorando a piada infame, se levarmos em conta o ponto de vista de Dunga, a Seleção Canarinho torna-se confiável mesmo não jogando um futebol de encher os olhos, muito menos empolgante, mas que trouxe resultados até agora. E injustiças a parte, os meninos da vila ainda têm uma longa carreira pela frente e é inconcebível não vermos nenhum deles nas próximas Copas. Os pêsames ficam em especial para Roberto Carlos, que continua jogando um futebol sensacional, e Ronaldinho Gaúcho, que traria um brilho especial à equipe, ambos provavelmente teriam suas últimas oportunidades de representar o país no campeonato futebolístico mais importante do mundo.
Agora nos resta torcer, na minha opinião não há uma seleção tão superior à nossa e acredito que o Brasil volta da África com o hexa.

domingo, 9 de maio de 2010

Música de qualidade do seculo XXI


Vivemos em um período no qual a música brasileira alcançou o auge...da mediocridade. Novos poetas que ostentam frases, as quais nem Vinicius pensaria um dia (Graças a Deus), como: "Aposto um beijo que você me quer" ou "Entre razões e emoções a saída é fazer valer a pena" estão em todo canto do mundo ultimamente. Esse biotipo emo, ou homo vem se reproduzindo mitoticamente a cada minuto, enquanto a população chinesa chega a 2 biliões de habitantes, a população da Nx zerolândia vai beirando os milhões de "miguxos".
Mas a questão não é especificamente a galerinha chorosa em si mas sim o tipo de música que é feita por tais sujeitos. Não sei como chegamos a esse ponto, há menos de 10 anos ouvia-se Capital Inicial, Skank, Jota Quest, Paralamas, até Charlie Brown e que de repente com a explosão do emotional hardcore no hemisfério Norte, a febre da franjinha, pulseira monocromática, calça justa, bola dividida, jeito afeminado e uma vozinha irritante que dá uma vontade de socar (ô se dá) se expandiu pelo território Tupiniquim de forma espantosa. De um dia para o outro o mundo parecia mais triste, as rádios tocam coisas cada vez mais...mais....não sei, não existe um adjetivo ofensivo a altura para descrever a qualidade do som dessas "bandas".
O que chega a ser pior ainda são os fãs que conseguem ficar horas e horas se matando em uma fila de uma sessão de autógrafos para conseguir algumas assinaturas da incrível e surpreendente banda Restart. E no desespero, elas choram, na alegria elas choram e na hora de fazer algum protesto, pasmem, eles choram, ou postam no twitter que estão putinhos. Faltam neurônios, provavelmente por causa das letras inteligentes e com espírito de luta cativante.
Não sei aonde isso vai parar, pois trata-se de uma nova tendência que está vindo por aí e pelo jeito teremos que engolir até que algo novo, melhor do que isso de preferência, apareça para salvar o rock nacional. Mas enquanto isso viveremos entre as razões e emoções e do Cine e companhia.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

O amor é uma bacia cheia d'água

O amor é uma bacia cheia d'água
A gente enche até querer transbordar
Enche
Enche
Enche
Até a hora que faz-se um furo e começa a vazar
E quanto mais furos vão sendo feitos, mais vazia tende a ficar
E quando esvazia o que resta é chorar
E não adianta querer remendar
Pois os furos aparecem e a bacia volta a rachar

quinta-feira, 6 de maio de 2010

A maldição dos 100 anos


Assim como Grêmio, Internacional, Atlético-MG, Coritiba e o atual carrasco Flamengo, o Corinthians chega ao seu centésimo ano de história sem comemorações, mas apenas decepções.
Após a eliminação no campeonato paulista, ainda pela fase de pontos corridos, o alvi-negro paulista dá adeus, na quarta-feira dia 5/5/2010, ao título mais cobiçado pela torcida, a Taça Libertadores da América. Seria a crise do centenário? Ou seria isso apenas um mito?
Sem levar em conta qualquer tipo de superstição, quando um clube completa um século de vida, obviamente todas as atenções da torcida e, principalmente, da mídia são voltadas a ele, logo a pressão sobre a instituição futebolística em questão, dobra, ou até triplica. Já no caso do Sport Club Corinthians Paulista essa pressão parece tomar dimensões "tsunamicas", afinal desde o dia 2/7/2009, data posterior à conquista da Copa do Brasil (o chamado atalho para a Libertadores) não se falava mais em outra coisa além da disputa pelo título da taça continental no ano do centenário, fazendo o clube desistir inteiramente do campeonato brasileiro daquele ano e passar a focar apenas em contratações ambiciosas, patrocínios multimilionários, além de um sentimento de obrigação sobre a conquista do tal título, que passou a rondar o Parque são Jorge.
Tudo isso foi se acumulando como uma gigantesca bola de neve. Começou o ano e a equipe não rendeu o esperado, sem espírito de competição, um time que não encantava, e o que diziam era: Ah, tudo bem, estamos só no começo da temporada, a equipe vai se acertar.
Começou a Libertadores e nada mudou além da formação da equipe, que tornou-se definitiva para disputar a competição. Jogos enfadonhos, lentos e sem nenhuma emoção, apenas sofrimento, mas o time foi levando e chegou a conquistar a melhor campanha entre os 32 competidores. O discurso começou a ser mais otimista, parecia que a equipe entrava nos eixos, o Corinthians passava a ser um time que, pelo menos, passava confiança.
Mas logo na primeira batalha da 2ª fase, o Time do Povo decepcionou no jogo de ida contra o Imperador do Churrasco e o Príncipe das Trancinhas, perdendo por 1 x 0 no templo-maior do futebol brasileiro, o Maracanã em um dia chuvoso com um campo praticável apenas por jogadores de Beach Soccer ou futebol de sabão. Mas isso não é desculpa que se preze. No jogo de volta no Pacaembu a "maldição" atacou o Todo Poderoso Timão que foi eliminado graças ao gol do ex-porco love love e às grandes defesas do protetor das mulheres, Bruno.
Tristeza, choque, decepção, inconformidade, mas nada de derrubar alambrado, ou vaias (como algumas torcidas tricolores de São Paulo fazem) e sim apoio ao time mais amado e odiado do Brasil, que tem pela frente o chato e sem graça campeonato brasileiro. Mas que é necessário se quiser disputar mais uma libertaodres no ano que vem. Talvez em 2011, longe da maldição dos 100 anos, o Corinthians finalmente levante a ÚNICA taça que não lhe pertence.
Se é verdade ou não, a maldição do centenário vem atacando mais uma vítima, mas que pare por aí, afinal, não quero mais sofrer...não esse ano.