
Fiquei um tempo considerável sem escrever nada no meu blog pois nada me chamou muita atenção nessas últimas duas semanas. Além do que a vida de cursinho exige muito do tempo da pessoa para estudar, ler, estudar mais e ler um pouquinho mais para sentir segurança.
Mas no entanto hoje ao voltar para casa, durante meu percurso dentro do ônibus, ou "busão" para os mais íntimos, notei algo que geralmente passa batido por todos. Trata-se da distribuição das pessoas por assentos disponíveis dentro do meio de transporte público em questão. Vale lembrar que possuo grande privilégio ao usá-lo em um horário em que é realmente possível a escolha do guarda-bundas por cada um.
Eu, particularmente, evito sentar ao lado de alguém durante o trajeto, e se qualquer infeliz ousar encostar o seu misto de carne, pele e gordura sobre a camada acolchoada de couro sintético e espuma logo ao meu lado eu já automaticamente viro a cara para o lado e evito qualquer contato, assim como a própria pessoa que cometeu o sentamento faria. Mas a troco de quê existe essa exclusão social, já que se trata de um transporte para o público?
O problema é que essa atitude já se tornou comum. Devido à correria da cidade grande, parece que ninguém tem tempo para nada, pessoas passam, repassam, vêm e vão a todo momento, a cada subida num ônibus, diferentes pessoas aparecem na vida de cada um, as quais atuam como figurantes desse filme que é a rotina de cada ser urbano.
Além do corre-corre, outro fator é determinante para esse distanciamento: O individualismo. Pois diferentemente das pessoas que vivem em cidades pequenas, o espírito de coletivismo nos grandes centros urbanos, nas metrópoles, megalópoles e gigalópoles é quase inexistente. Esse individualismo reina dentro de cada habitante em particular, preocupados simplesmente com o seu próprio dia, seus próprios problemas e seus assuntos particulares, afinal, a gente já tem problemas demais para dar conta não é mesmo? Para quê procurar saber das desventurasdos outros? Psicólogo existe para isso.
Ou seja, não é interessante para a Dona Cleusa saber como vai o dia do Doutor Xerxes (como se doutor andasse em ônibus), nem faz a menor diferença para o Seu Armelindo saber como a moça banguela que está ao seu lado perdeu seus preciosos dentes frontais. E se por acaso ocorrer qualquer troca de palavras entre dois indivíduos não influenciará em nada na vida de ambos, claro que há exceções, mas não quero falar delas.
Mas afinal, deixar de sentar ao lado de outra pessoa nos transportes públicos é falta de educação ou trata-se de uma simples questão de bom senso? É discutivel. O mais importante é ter certeza de que todos chegarão sãos e salvos em seus respectivos destinos e a vida continua com seus famosos anônimos perambulando pela paisagem de concreto da cidade.
Mas no entanto hoje ao voltar para casa, durante meu percurso dentro do ônibus, ou "busão" para os mais íntimos, notei algo que geralmente passa batido por todos. Trata-se da distribuição das pessoas por assentos disponíveis dentro do meio de transporte público em questão. Vale lembrar que possuo grande privilégio ao usá-lo em um horário em que é realmente possível a escolha do guarda-bundas por cada um.
Eu, particularmente, evito sentar ao lado de alguém durante o trajeto, e se qualquer infeliz ousar encostar o seu misto de carne, pele e gordura sobre a camada acolchoada de couro sintético e espuma logo ao meu lado eu já automaticamente viro a cara para o lado e evito qualquer contato, assim como a própria pessoa que cometeu o sentamento faria. Mas a troco de quê existe essa exclusão social, já que se trata de um transporte para o público?
O problema é que essa atitude já se tornou comum. Devido à correria da cidade grande, parece que ninguém tem tempo para nada, pessoas passam, repassam, vêm e vão a todo momento, a cada subida num ônibus, diferentes pessoas aparecem na vida de cada um, as quais atuam como figurantes desse filme que é a rotina de cada ser urbano.
Além do corre-corre, outro fator é determinante para esse distanciamento: O individualismo. Pois diferentemente das pessoas que vivem em cidades pequenas, o espírito de coletivismo nos grandes centros urbanos, nas metrópoles, megalópoles e gigalópoles é quase inexistente. Esse individualismo reina dentro de cada habitante em particular, preocupados simplesmente com o seu próprio dia, seus próprios problemas e seus assuntos particulares, afinal, a gente já tem problemas demais para dar conta não é mesmo? Para quê procurar saber das desventurasdos outros? Psicólogo existe para isso.
Ou seja, não é interessante para a Dona Cleusa saber como vai o dia do Doutor Xerxes (como se doutor andasse em ônibus), nem faz a menor diferença para o Seu Armelindo saber como a moça banguela que está ao seu lado perdeu seus preciosos dentes frontais. E se por acaso ocorrer qualquer troca de palavras entre dois indivíduos não influenciará em nada na vida de ambos, claro que há exceções, mas não quero falar delas.
Mas afinal, deixar de sentar ao lado de outra pessoa nos transportes públicos é falta de educação ou trata-se de uma simples questão de bom senso? É discutivel. O mais importante é ter certeza de que todos chegarão sãos e salvos em seus respectivos destinos e a vida continua com seus famosos anônimos perambulando pela paisagem de concreto da cidade.



