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domingo, 21 de novembro de 2010

Redação


No último domingo (21/11) fiz a prova da faculdade Cásper Líbero e aí está mais ou menos como ficou minha redação, digo mais ou menos pois escreverei o meu rascunho, que ficou um pouco diferente da arte final, mas mesmo assim é possível se ter uma ideia do que foi para o papel.
O tema da prova era basicamente: A sociedade brasileira e seus problemas vividos desde a independência em (1822) até os dias de hoje (dias de hoje). Ficou mais ou menos assim:




(Não lembro qual foi o título)

Basta observar e comparar o processo de formação de todos os Estados Nacionais, que hoje são classificados como subdesenvolvidos ou de 3º mundo, e veremos que as semelhanças são muito grandes. Assim como os países do continente africano, a maioria dos asiáticos e os sul americanos, o Brasil também foi uma colônia de exploração e os reflexos dessa época estão presentes no cotidiano de sua sociedade.
O fato de um país ter passado por um processo de exploração é sinônimo de que haverá consequencias ruins no futuro, afinal, tais colônias sempre tiveram uma única finalidade: explorar, porém, sem a menor preocupação com os povoados oriundos dos locais onde essas seriam estabelecidas. No caso do Brasil, a colonização ocorreu no período conhecido por Grandes Navegações, no qual Portugal e Espanha partiram em busca de novos mercados, devido à expansão e monopólio comercial das províncias italianas, como Gênova e Veneza, durante as Cruzadas e o crescimento do protestantismo na Europa, que "desbancava" o catolicismo na época.
Desde o momento em que chegaram na nova terra, os nativos foram explorados pelos portugueses até não poderem mais. Inicialmente nas plantations de cana-se-açúcar e depois, durante os séculos XVII e XVIII, no período das minerações, que trouxe junto com ela o trabalho escravo exercido por africanos, o Brasil viu surgir o embrião de sua sociedade: segregada, racista e com uma concentração de renda absurda. A grande diferença é que hoje em dia as cidades cresceram, não há mais trabalho escravo e não dependemos mais de uma metrópole exclusivamente, mas ao mesmo tempo temos dívidas com um número considerável de países.
A segregação social vinda desse período fez com que a criminalidade só aumentasse, além disso a infra-estrutura de nossas instituições públicas é muitas vezes precária, nossos meios de transporte, deixam a desejar, sem citar a corrupção e os impostos altíssimos, tudo isso constitui a identidade do Brasil enquanto nação.
O que deixa nosso povo esperançoso são os avanços que a economia brasileira vem tento, o que levou nosso país a status de país emergente, colocado entre as dez maiores economias do mundo.
Além disso, com os eventos que estão por vir como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, a população espera por melhoras com relação à infra-estrutura, diminuição do desemprego, criação de escolas, hospitais, melhorias no transporte público, ou seja, tudo que seja suficiente para diminuir, nem que seja a passos lentos, a desigualdade social que reina sobre o país.
Apesar de toda essa expectativa de melhora, trata-se de um longo processo até que este país seja inteiramente reestruturado, afinal, como já foi dito, fomos explorados e nossa sociedade inteira foi modificada e segregada ao longo dos anos, nos resta agora colaborar na reconstrução deste país que é naturalmente riquíssimo mas que social e economicamente ainda deixa a desejar.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

O ENEM e suas peripécias


Pelo segundo ano consecutivo o ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) decepcionou aqueles que iriam realizá-lo no último final de semana dos dias 6 e 7 de Novembro. Eu resolvi não prestar o tal exame pois de nada iria me beneficiar quanto ao ingresso nas faculdades de minha intenção. Não só minha como também a de várias outras pessoas que irão prestar faculdades públicas como a USP, e particulares como PUC e Mackenzie.

Provavelmente as faculdades que optaram por não usar a nota do ENEM desse ano ficaram com um certo receio do que aconteceu no ano de 2009, que para quem não sabe ou não se lembra, alguns dias antes da realização da prova um sujeito furtou um exemplar do exame dentro da própria gráfica, sendo preciso adiar para o mês seguinte o evento. Talvez esse trauma tenha levado essas faculdades a evitarem o ENEM 2010.

Além de não ajudar nas notas de muitas faculdades e não contente com tumulto vivido no ano passado, o MEC resolveu cuidar mais da segurança das provas para que essas não sejam furtadas, queimadas, ou até fotografadas via satélite mas parece que se esqueceram de um detalhe: cuidar da própria prova.

O assunto mais falado no dia seguinte foi o caos devido às falhas na impressão das provas, tanto no gabarito quanto na prova de cor amarela, o que gerou revolta de muitos estudantes que dependiam dessa nota e estudaram o ano inteiro para obter um bom desempenho nos 2 dias de sabatina.

Agora os (des)organizadores do exame discutem sobre qual medida tomar para resolver essa situação que é no mínimo patética e que certamente vai afetar o andamento de outros vestibulares. Veremos qual será a aventura do próximo ano do Super-ENEM que por enquanto só fez papel de vilão.