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domingo, 1 de maio de 2011

O clássico dos clássicos como deve ser



Coloque um clima de guerra, tensão do início ao fim, semifinal de Campeonato Paulista, disputa por penaltis, expulsões, discussões sobre a arbitragem, temperado por uma leve garoa num domingo a tarde e você terá os ingredientes para um clássico do porte de Palmeiras e Corinthians.


Durante toda a semana o lado alvi-verde da força reclamava quanto à escolha do árbitro Paulo Cesar de Oliveira para apitar o dérbi. Já os alvi-negros não ficaram satisfeitos com a divisão das torcidas no Pacaembú. O chute no vácuo de Valdívia e as declarações de Dentinho também deram uma apimentada a mais no duelo.


Dentro de campo, pelo menos no 1º tempo, viu-se mais briga do que futebol. O zagueiro Danilo foi expulso após ter aplicado um "carrão" em Liédson e Valdívia saiu após dividida com o vácuo em um lance cômico. Aí você pensa: "Agora o Corinthians vai dominar a partida!". Errado!


O Palmeiras foi superior durante os 90 minutos, criou mais oportunidades, não deixou o Corinthians jogar e soube se virar com um jogador a menos. dois, na verdade. Porém, desperdiçou muitas chances. Méritos para Julio Cesar e...tá, só para o Julio Cesar, que não conseguiu evitar o 1º gol palmeirense.


Aí depois do tento alvi-verde você diz mais uma vez: "Agora não tem mais jeito, vai dar Palmeiras". Errado novamente. Passam-se alguns minutos e Willian em um dos poucos lances oportunos, marca um gol chorado e deixa tudo igual.


E então as duas equipes parecem se contentar com a disputa de pênaltis que está por vir. E veio. Os corintianos aflitos. A lembrança de São Marcos e as Libertadores de 1999 e 2000 vêm à tona, o retrospecto palmeirense é amplamente maior. Aí você diz...não! Chega! Você não vai dizer mais nada pois estará errado novamente!


Na disputa deu para ver que os batedores estavam muito bem treinados. Nas primeiras 5 cobranças todos foram eficientes. Mas quando chegou a hora de João Vitor cobrar, o desfecho do dérbi começou a ser pintado de preto e branco. Julio Cesar defendeu a cobrança e logo depois Ramirez (o Cachito) converteu a penalidade, dando a vitória e a classificação para a final do Paulistão 2011 ao Timão.


Para os alvi-negros: "Legal! Não vamos ficar 20 dias sem ver o time jogar."

Para os alvi-verdes: "Poxa, cadê o Marcelinho numa hora dessas?"

quinta-feira, 7 de abril de 2011

A volta do famoso Bullying


O caso que comoveu o Brasil na manhã do dia 07/04/2011, quando o jovem Wellington Menezes de Oliveira de 23 anos invadiu a Escola Municipal Tasso da Silveira em Realengo, na zona oeste do Rio de Janeiro, e assassinou brutalmente pelo menos 12 crianças, sendo a maioria do sexo feminino.

Não há como negar que o ato do jovem mentalmente perturbado é desumano, digno de um matador em série, com direito até a carta póstuma. O assassino provavelmente se inspirou em casos famosos que ocorreram em outros países do mundo, principalmente nos EUA nos estados de Columbine em 1999 e na Virginia em 2007 quando jovens cometeram o mesmo ato terrorista em um colégio. Além de muitos outros.

Fato ocorrido, fato discutido, então começam a culpar as autoridades, a falta de segurança nas escolas públicas. "Onde estava a polícia nessa hora?" "Como deixam um marginal como esse invadir uma escola?" E esquecem um pouco do principal causador de tudo isso: o bullying. Sempre ele.

Os casos citados acima, ocorridos nos EUA e o caso ocorrido no Rio de Janeiro tem o mesmo precedente. Segundo relatos de pessoas que estudavam e conviviam com Wellington, percebe-se que o rapaz sempre andou isolado dos demais alunos da escola, era constantemente motivo de gozações, tanto de meninos como, principalmente, de meninas, daí pode-se tentar explicar o porquê de a maioria das crianças assassinadas serem meninas.

Uma criança, quando é alvo de piadas durante toda a infância, é excluída das chamadas “panelinhas”, considerada “estranha” em relação aos outros jovens, cresce com a mente totalmente perturbada e só deve pensar em uma coisa: “Quero matar todos esses que me fizeram mal!”

Não que um erro justifique o outro, mas é mais do que evidente que a origem desse caso vem da pré-escola. Tratar todos com igualdade é o clichê que mais faz sentido nessa quinta-feira. O problema não é a segurança, ou a falta dela, e sim o famoso bullying.