O caso que comoveu o Brasil na manhã do dia 07/04/2011, quando o jovem Wellington Menezes de Oliveira de 23 anos invadiu a Escola Municipal Tasso da Silveira em Realengo, na zona oeste do Rio de Janeiro, e assassinou brutalmente pelo menos 12 crianças, sendo a maioria do sexo feminino.
Não há como negar que o ato do jovem mentalmente perturbado é desumano, digno de um matador em série, com direito até a carta póstuma. O assassino provavelmente se inspirou em casos famosos que ocorreram em outros países do mundo, principalmente nos EUA nos estados de Columbine em 1999 e na Virginia em 2007 quando jovens cometeram o mesmo ato terrorista em um colégio. Além de muitos outros.
Fato ocorrido, fato discutido, então começam a culpar as autoridades, a falta de segurança nas escolas públicas. "Onde estava a polícia nessa hora?" "Como deixam um marginal como esse invadir uma escola?" E esquecem um pouco do principal causador de tudo isso: o bullying. Sempre ele.
Os casos citados acima, ocorridos nos EUA e o caso ocorrido no Rio de Janeiro tem o mesmo precedente. Segundo relatos de pessoas que estudavam e conviviam com Wellington, percebe-se que o rapaz sempre andou isolado dos demais alunos da escola, era constantemente motivo de gozações, tanto de meninos como, principalmente, de meninas, daí pode-se tentar explicar o porquê de a maioria das crianças assassinadas serem meninas.
Uma criança, quando é alvo de piadas durante toda a infância, é excluída das chamadas “panelinhas”, considerada “estranha” em relação aos outros jovens, cresce com a mente totalmente perturbada e só deve pensar em uma coisa: “Quero matar todos esses que me fizeram mal!”
Não que um erro justifique o outro, mas é mais do que evidente que a origem desse caso vem da pré-escola. Tratar todos com igualdade é o clichê que mais faz sentido nessa quinta-feira. O problema não é a segurança, ou a falta dela, e sim o famoso bullying.
Nenhum comentário:
Postar um comentário